O cantor Fiuk decidiu utilizar a música como ferramenta de denúncia e desabafo em seu mais novo lançamento, intitulado “Narciso”. De forma visceral e sem metáforas suaves, o artista aborda o que chama de “abandono afetivo” e as cicatrizes psicológicas deixadas por uma criação sob a sombra de uma figura paterna egocêntrica. Embora a letra não mencione nomes explicitamente, o contexto das redes sociais e os vídeos de divulgação deixaram claro que o alvo das críticas é seu pai, o ícone romântico Fábio Jr.
Na letra da canção, Fiuk utiliza termos técnicos da psicologia para descrever a convivência familiar. Ele fala sobre a necessidade constante de validação, a frieza emocional e como o sucesso público do pai contrastava com a ausência de suporte no ambiente privado. O uso do termo “narcisista” gerou polêmica imediata. Para Fiuk, a música foi uma forma de “quebrar o ciclo de silêncio” que o acompanhava desde sua participação no BBB21, onde o público já havia notado uma certa vulnerabilidade ao falar da família.

“É muito difícil você amar alguém que só ama o espelho. A música é o meu grito de liberdade, é o momento de dizer que o filho não precisa carregar a culpa pelo que o pai não soube dar”, declarou Fiuk em uma live emocionado.
A repercussão foi polarizada. De um lado, internautas elogiaram a coragem do cantor em tocar em uma ferida tão profunda, servindo de exemplo para outros jovens que enfrentam dinâmicas familiares semelhantes. De outro, fãs de longa data de Fábio Jr. criticaram a exposição pública de um conflito que, segundo eles, deveria ser resolvido entre quatro paredes. O debate sobre saúde mental e relações parentais tóxicas ganhou força, com psicólogos analisando a importância de estabelecer limites saudáveis. Fábio Jr. tem se mantido em silêncio absoluto, mantendo sua agenda de shows, enquanto a música de Fiuk escala as paradas de streaming, mostrando que o drama familiar, quando transformado em arte, ressoa fortemente com uma geração que não aceita mais esconder seus traumas em nome das aparências.


